Dar conta de 48 anos de carreira e 33 discos numa exposição é um desafio. A figura de Beth paira ao mesmo tempo musical e silenciosa sobre a vida dos brasileiros. Tendo construído um repertório altamente popular e democrático, é como se Beth sempre existira. Esta sensação nos apontou dois caminhos para a exposição: construir um percurso afetivo, preservando a intimidade de Beth com o público, com ela mesma narrando momentos de sua carreira; e mostrar que por trás desta artista querida e popular, existe uma mulher que, ao mesmo tempo, tem impressionante faro para o novo e dialoga ininterruptamente com a tradição musical do país, uma militante altamente comprometida com causas políticas e uma devota do samba como filosofia de vida.